SOFRIMENTO DA COMUNIDADE TRANS NO PANAMÁ

 Recentemente a Globo fez uma matéria sobre como tá funcionando o Lockdown lá no Panamá e como as pessoas trans estão sendo prejudicadas

 

Mas vamos com calma, primeiro é Importante entender a quarentena e como tá funcionando por lá.

A quarentena contra o novo coronavírus no Panamá é rigorosamente fiscalizada. O sistema imposto pelo país permite que homens saiam às ruas em um dia e mulheres em outro. Mas isso tem sido usado por alguns como uma desculpa para atacar membros da comunidade trans. 

 Temos aqui o exemplo da Monica uma mulher trans de lá

Monica é uma excelente cozinheira e ela fez refeições elaboradas para se distrair durante as longas horas passadas dentro de casa.

Numa quarta-feira do mês passado, Monica precisou deixar a casa para ir ao mercado então, deixou sua  casa perto do aeroporto da Cidade do Panamá que compartilha com membros mais afastados de sua família para ir as compras 

No caminho, passou por grupos de mulheres, algumas delas de braços dados com os filhos. Fazia mais silêncio do que o habitual no bairro, pois o governo havia acabado de introduzir uma nova medida para conter a disseminação do coronavírus, permitindo que as mulheres deixassem suas casas para comprar itens necessários à segundas, quartas e sextas-feiras e homens às terças, quintas e sábados. Aos domingos, todos têm que ficar em casa.

Monica entrou no estabelecimento  e a atmosfera do lugar logo mudou. O proprietário se aproximou dela e lhe disse: 

"Nós não podemos atendê-lo, Monica", "A polícia disse que só podemos servir mulheres hoje" 
 

Enta ela foi para sua casa chegando em casa da loja, o telefone de Monica a alertou com uma mensagem do WhatsApp. Era o lojista. Ele disse que se sentia mal por tê-la mandado para casa de mãos vazias e, para que ela não se preocupasse em mandar as irmãs para buscar o frango, ele levaria por conta própria. 

Desde então dias separados por gênero no lockdown do Panamá significam que a comunidade trans está condenada", diz Cristian González Cabrera, da Human Rights Watch. "Falamos com mais pessoas que passaram por situações como a de Monica. Infelizmente, não é um incidente isolado."

                    

               COMUNIDADE

A Associação Panamenha de Pessoas Trans diz que desde que os "dias de gênero" começaram, mais de 40 pessoas entraram em contato com eles para dizer que foram importunadas ao ir a supermercados ou comprar remédios.

            

                    DESFECHO 

No início de maio, as autoridades da capital da Colômbia, Bogotá, decidiram suspender as restrições por gênero, depois que grupos LGBTQ+ disseram que os dias discriminavam pessoas trans.

Após uma carta aberta da Human Rights Watch à Presidência do Panamá, citando maus tratos de pessoas trans pela polícia, o Ministério da Segurança Pública do país divulgou uma declaração nesta semana dizendo que havia "instruído as forças de segurança para evitar qualquer tipo de discriminação contra a população LGBTI" durante o confinamento. 


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